Paul McCartney mostrou, aos 75 anos, o que é ser um beatle

A noite de domingo foi marcada por clássicos atemporais que fez o público sentir saudade após o último acorde


A tarde cinza da capital paulista do último domingo, 15, nem de longe refletiria o que foi o espetáculo que aconteceu no Allianz Parque, o estádio Palmeirense, na Zona Oeste cidade. Não eram nem 11 horas e a movimentação nos arredores do local já começava a ficar diferente do comum. Normalmente cheia de torcedores esperando grandes jogos do atual Campeão brasileiro, as filas de fãs da música já tomavam do lugar dos fãs da bola.

As horas passavam e ficava cada vez mais evidente de que a casa ficaria cheia para ver a atração da noite. Sir Paul McCartney tocaria as suas músicas e os grandes sucessos do quarteto de Liverpool para mais de 40 mil pessoas. A atmosfera estava perfeita para uma noite de rock'n' roll.

Quando começou o público já sabia o que pedir durante os primeiros acordes, “A Hard Day’s Night” foi a música de abertura e a novidade da turnê, afinal, não era tocada por nenhum beatle desde 1965. O público pula frenético com "Can't Buy Me Love" e derruba lágrimas aos abraços com "My Valentine" - que Paul dedicou a sua mulher, Nancy - e com "Here Today" e sua conversa que nunca teve com John Lennon.

A noite parecia parar no tempo, se esforça para avançar, enquanto Paul, de forma impecável, levava o público para uma viagem de emoções que só alguém que já viveu os seus 75 anos, mas continua um garoto de Liverpool conseguiria fazer. O estádio brilhou com "Hey Jude". As luzes dos celulares fizeram a noite virar um dia claro. Um passeio no parque em um domingo ensolarado ao som de uma das vozes mais famosas da música mundial.

A interação com o público durante o esperado "na na na na", mostrou o domínio do palco e a importância de quem estava ali. As horas passaram e a última canção era inevitável, acabou a turnê "One on One" para os paulistas e todos que vieram para vê-lo em São Paulo.

A voz não é mais a mesma? Não, os graves já não vão até onde iam, mas assim como um vinho de uma garrafa única de uma vinícola, a carícia que feita nos ouvidos dos fãs só poderia ser feita pela voz de um Sir.

Por Roberto Marques

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