Mulheres são maioria no mundo dos gamers


Público feminino sob preconceito e assédio, cresce e supera hegemonia masculina

O número de mulheres que consomem a indústria de games cresce a cada dia e hoje é visto como maioria entre os gamers do Brasil. Segundo a pesquisa Game Brasil 2017, a ala feminina aumentou um ponto percentual em relação ao ano passado e passou a representar 53,6% dos jogadores do país. 

O lado negativo é que a maioria dessa parcela já sofreu preconceito ou assédio. Um levantamento de 2012 revela que 63% das 874 jogadoras entrevistadas pelo blog Price Charting já sofreram assédio em jogos online. Em alguns casos, as jogadoras são obrigadas a ouvir comentários machistas do tipo “Volta pra cozinha”, “Já terminou de lavar a louça?” ou, então, “Pega uma cerveja pra mim!”. Em outros, são vítimas de propostas indecentes e cantadas ofensivas.

Por conta desse preconceito que é visto há anos, 35% das jogadoras optaram por dar um tempo no joystick, outras 9% tomaram uma decisão mais drástica: mudaram de hobby. Além disso, algumas vlogueiras adotaram estratégias para evitar os maus tratos, como por exemplo, usam “Nickname” masculino para ser confundidas e também quando se identificam com seus nomes e entram em times com integrantes desconhecidos, desligam o microfone.

Ainda hoje, é notório muitas críticas a partir da representação feminina estereotipada e machista nos jogos, onde, na maioria das vezes, as mulheres são prêmios após uma conquista de fase, vítimas ou objetos sexuais. Principalmente em jogos que representam a idade média, período em que as mulheres não tinham capacitação e respeito perante a sociedade pelo gênero.
Então uma das justificativas da resistência feminina em estarem envolvidas cada vez mais a fim de se destacar, seria o fato de modificar essa visão preconceituosa e em busca da igualdade de gênero no aspecto virtual.

Outro exemplo, antes tínhamos apenas a Lara Croft como representação feminina nos games, hoje, foram lançados diversos jogos que mostram a ascensão do público feminino, como também, a possibilidade de escolher o personagem e entre eles, tem a opção feminina também.

A convergência cultural foi conhecer um pouco mais sobre a vida da youtuber Bárbara Nerd. Dona de um dos canais gamers mais conhecidos no mundo geek.
Aos 30 anos, Bárbara produz mensalmente conteúdos bem diversos, relacionado à cultura geek e pop. Em seu canal Barbaridade Nerd fala sobre vlog, GamePlay, entrevistas e cobertura dos principais eventos como a CCXP, anime friends, BGS, Cosplays e comentários referente a séries, filmes e livros.

A youtuber gamer tem muitos fã clubes e conta atualmente com 86,9 mil seguidores no instagram, 57.019 inscritos no seu canal Barbaridade Nerd no Youtube e 34.500 seguidores no twitter.

Bárbara aceitou uma entrevista para o Convergência Cultural e nos recebeu. Confira a entrevista:


Por Paula Larissa 

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